Neste fim-de-semana, fui cumprir o já ritual anual na Quinta da Serra, fui à cresta. Para quem não sabe, a Cresta, é um género de trabalho que, consiste em subtrair o trabalho árduo de meses de outros animais e que ficam sempre um pouco aborrecidos demonstrando-o com os seus ferrões.
Posso com toda a certeza afirmar por experiência própria, que não é lá muito agradável sentir aquelas espadas cravadas na nossa pele com o veneno e vísceras do animal ainda a palpitar espalhando o veneno, ou seja, dor.
Posso com toda a certeza afirmar por experiência própria, que não é lá muito agradável sentir aquelas espadas cravadas na nossa pele com o veneno e vísceras do animal ainda a palpitar espalhando o veneno, ou seja, dor.
Naquele instante, o pobre animal termina a sua existência, num dos gestos mais nobres que se conhece, defender a casa à custa da própria vida. Elas até podem não ter consciência, mas se deixarmos o acto não deixa de dar-nos lições sobre a nossa forma de estar na vida, em especial perante aquilo que defendemos e acreditamos.
Nestes momentos, enquanto contribuo no furto à descarada e vejo-me rodeado por estes simpáticos animais, agora irritados, volto a ter presente no imaginário a imagem de uma abelha ampliada tipo… abelha maia mas com um ar muito menos simpático, com dentes serrados (como se tivessem dentes… pff) e fortemente armada com uma potente arma branca, e sem o puto lá em cima a fazer birra por querer mais uma moeda.
Mas analisando bem, estes são os insectos mais simpáticos e úteis que conheço, embora pequenos e irracionais, podem dar algumas lições aos humanos sobre organização, dedicação e lealdade. Até pode ser tudo baseado em instinto, mas diga-se de passagem que quem lhes programou este instinto fez um excelente trabalho, e é também isso que podemos contemplar nestas tarefas.
Além da ajuda social que prestámos uma vez que o resultado do nosso trabalho vai reverter a causas sociais, temos sempre presente que também estamos a contribuir para a manutenção e preservação dos ecossistemas existentes.
Ao subtrair-lhes o mel, deixamos na colmeia reservas para o Inverno, e evitamos desta forma a sobrealimentação dos animais, com todos transtornos associados, celulite nas coxas e nádegas das abelhas, e barrigas de empreiteiro aos Zângãos. O resultado são colónias de abelhas trabalhadoras e elegantes. Ao cuidar, e expandir (desdobramentos) destas colmeias estamos a interferir de forma positiva no ecossistema, com mais abelhas, além da produção do mel, incrementa-se a polinização, o ambiente agradece, tal como as senhoras que recebem flores.
Não houve vagar para fotos da actividade, mas depois de uma tarde de algum trabalho, houve tempo para descansar no meio de uns bichos simpáticos e curiosos, e tirar-lhe umas fotos, que justificam-se pela beleza… sempre natural.





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