03 setembro, 2008

Os "brutos" do melão


Nunca fui um grande fã, mas recordo-me que há cerca de 10 anos atrás, passava algumas horas das minhas manhãs de sábado em frente ao televisor a ver na antiga RTP2 os joguinhos do torneio das 5 nações. De facto gostava daquilo, de facto conhecia algumas das regras, mas nunca tomei a iniciativa para praticar a modalidade.

A recente proliferação (ainda bem) dos clubes de rugby no nosso país fez também com que exista um clube de rugby aqui em Tomar, e após um “aparece por lá…” de alguém influente no clube (sim porque eu só teria hipótese com uma boa cunha) gerou-se um eco na minha cabeça: why not? E decidi aparecer.

Para 1º semana de treinos não correu muito mal, registando-se apenas uma pequena infelicidade.
Acontece que o aquecimento que fiz devia ter sido menos fresquinho, porque durante o jogo treino contraí uma pequena e quase insignificante lesão na única região corporal que, por motivos que asseguram a dignidade masculina, não deveria ser massajada por terceiros. Pois é, fui traído pela virilha.

...Eu sei no que estão a pensar. De facto é uma lesão que não é nada dignificante num desporto de malta “bruta”, e confesso alguma desilusão por nem sequer ter conseguido uma lesão digna do rugby. Um olho negro, orelha cortada, lábios rachados, braço e/ou costela partida… nada. Uma simples e tímida virilha aberta.

Esta lesão não foi feita em nenhuma placagem nem em rucks (género de moche de 1 concerto de heavy metal) foi feita numa das coisas mais simples e normais que acontecem no desporto… a correr, se bem que correr não será o termo mais adequado sobre aquilo que eu estava ali a fazer, eu estava na realidade era a fugir do 4x4 que vinha em minha direcção para tirar-me o melão das mãos.
Com isto consegui ganhar um andar cheio de estilo (mas do ridículo) porque a caminhar pareço um cowboy que acabou de borrar-se nas calças.

1 comentário:

  1. Pois, também me lembro de algumas horas passadas frente ao televisor a ver os jogos no "segundo canal" desses tempos, mesmo sem perceber bem as regras. Porém, nunca me deu (nem dará) para experimentar esse desporto...
    Em qualquer caso, isso mostra como era diferente a televisão pública dessa altura e a que temos hoje, em que os desportos menos populares (as ditas "modalidades", algo depreciativamente), raramente conseguem tempo de antena. Como se fosse para isso que temos uma televisão pública, que se quereria diferente das televisões comerciais...

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