O Olhar que voa no Vale glaciar.
Sente-se o vento nas charnecas, penedos, rochedos, sargaços, giestas, juncos e cardos.
No céu azul andam falcões e milhafres a planar.
Das fragas, soltam-se águas livres que correm, saltam, e fogem para o mar.
Nas lagoas repousam águas virgens, que espelham um céu mais próximo do que qualquer outro
À noite por debaixo das estrelas, rondam lobos, raposas e genetas.
Na estrada, o gado, cães serranos e pastores. À mesa, mel, pão, vinho e queijos que cheiram e sabem a serra.
Na encosta, as atentas cabeças de pedra gigantes e lá em baixo estendem-se as planícies, onde passam os exércitos que marcham a sul, assentando praça no império do Reino dos Algarves, Daqui e Além Mar.
Aqui não há Resorts com direito à conquista do mar,nem lagoas feitas reféns de um campo de golf. Aqui não há areia minada com bronzeados voluptuosos, nem feira das vaidades.
Aqui a música é outra, e só a dança quem também a souber tocar.
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