O Amor
É saber que as manhãs claras não têm voz
e encontrar ternura numa noite fria.
É plantar borboletas no teu jardim amarelo,
onde repousam estrelas durante o dia.
30 agosto, 2008
27 agosto, 2008
25 agosto, 2008
"O Segredo de um Cuscuz"

Em muitos momentos, sentimo-nos discretos observadores de pequenos nadas no meio de um quotidiano de personagens aparentemente normais.
A forma clássica e simples de filmar (faces em grande plano) faz-nos sentir que estamos realmente sentados à mesa de uma família árabe em França.
É um filme muito realista (quase ao estilo de documentário) que toca em vários paradoxos das relações entre família e amigos. Entre outras matérias expõe de uma forma inteligente as ténues fronteiras daquilo que é o nosso orgulho Versus o bem-estar do outro. Vejam.
Gosto de filmes como este que revelam-se modestos nos meios, mas grandiosos na pintura da cumplicidade humana.
22 agosto, 2008
"O Escafandro e a Borboleta"

Foi um filme que vi há em Maio na companhia de um simpático casal de gatos emprestados. Embora eles tenham adormecido no meio do filme, e eu ter feito uma pausa como os filmes no Castello Lopes, recomendo.
Relata a história verídica de um produtor de moda da ELLE que sofre um AVC e desde então apenas consegue mover um olho.Aprende, juntamente com as enfermeiras, a comunicar através desse olho, e vai desta forma escrevendo um livro. No fundo retrata o sentimento muito interessante. Por vezes dentro de um escafandro, e com a imaginação/memória sente-se como uma borboleta voando pelo passado e pelo imaginário.
Só com 1 olho deixou este testemunho impressionante, bem escrito, e melhor traduzido, do que é ter um intelecto vivo dentro de um corpo morto.
20 agosto, 2008
Olimpíadas do Escárnio e mal dizer
Cansa-me ouvir os comentários, criticas, e toda esta caldeirada tradicional portuguesa do escárnio e mal dizer sobre os atletas portugueses.
Pergunto se haverá alguém que acredite seriamente naquilo que se tenta passar para a opinião pública. Algum atleta de alta competição que tem anos de treino, dedicação, empenho, vai aos jogos olímpicos (um momento que marca toda a sua vida) para dar um passeio? Meus amigos, aquilo é alta competição.
A título de exemplo serve o Marco Fortes que teve a “infelicidade” de proferir algumas frases com ingenuidade, e que aos olhos de quem anda sedento de inventar culpados e justificações para os insucessos serviram na perfeição.
"Estava habituado a dormir de manhã..." (quando teve que realizar as provas de manhã)
Pergunto se haverá alguém que acredite seriamente naquilo que se tenta passar para a opinião pública. Algum atleta de alta competição que tem anos de treino, dedicação, empenho, vai aos jogos olímpicos (um momento que marca toda a sua vida) para dar um passeio? Meus amigos, aquilo é alta competição.
A título de exemplo serve o Marco Fortes que teve a “infelicidade” de proferir algumas frases com ingenuidade, e que aos olhos de quem anda sedento de inventar culpados e justificações para os insucessos serviram na perfeição.
"Estava habituado a dormir de manhã..." (quando teve que realizar as provas de manhã)
A frase do Marco Fortes realmente foi infeliz, mas o que realmente interessa não serão apenas 2 coisas?
Um bom resultado e o empenho do atleta?
Na falta da primeira, interessa-nos assistir à segunda que fará sentirmo-nos orgulhosos das nossas raparigas e rapazes. O que leva alguém aos jogos são horas de esforço, dedicação e sonho, e eu não acredito que tenha havido falta de empenho.
Um bom resultado e o empenho do atleta?
Na falta da primeira, interessa-nos assistir à segunda que fará sentirmo-nos orgulhosos das nossas raparigas e rapazes. O que leva alguém aos jogos são horas de esforço, dedicação e sonho, e eu não acredito que tenha havido falta de empenho.
As desculpas que cada um dos atletas apresentou, por mais ou menos ridículas que sejam, não devem, e não podem servir de comprovativos de falta de dedicação, porque essa mostra-se antes e durante a competição. O que acontece e é dito depois não deixa de ter importância mas é secundário. Não é o que se diz após um momento de infelicidade, e por vezes de frustração, que deve representar o trabalho e dedicação de anos.
Penso que insucessos e faltas de respeito pela bandeira só moram nas cabeças de quem passa a vida na exigência e critica para com os outros, e aí sem dúvida que temos muitos campeões. Mas quantos desses "campeões" são os melhores do mundo na sua profissão?
Para essas personalidades... dediquem-se à caça de animais mitológicos.
Ouvi dizer que estamos na época do Dragão (by Jorge Nuno)
18 agosto, 2008
...um cheirinho a figos e amêndoas
Aproveitei o fim de semana dilatado para ir ao All Garve.
Além de ter a sorte de ter "apanhado" os Wraygunn em monchique, Rodrigo Leão em Tavira e o Jazzfest em Lagos, voltei ao algarve para matar saudades da terra responsável pela relação que tenho com o mar.
Terra de onde partiu o menino feito Rei para encontrar-se com a morte do outro lado do Mediterrâneo.
Terra das minhas férias mágicas de infância.
Terra de uma elevada mescla de estratos sociais e culturas, que vai fazendo com que Lagos seja das cidades mais cosmopolitas do nosso país neste período do ano.
Por isto tudo,
pelo nascer do sol na ponta da piedade,
pela praia do pinhão (foto)
pela soneca feita na toalha, no final do dia, e acordar com o pôr do sol na praia de Porto de Mós,
e sem sair dessa praia... pela saborosa cataplana de espadarte no "António" servida ao Jantar
pelos passeios nocturnos no centro histórico
pelos serões no páteo das laranjeiras
pelo ambiente dos bares, incluindo os invevitáveis Mullen´s bar, e o Bon Vivant
pelo facto de Lagos não ter crescido em cima das praias,
é que posso dizer...
Lagos encanta-me!
As fotos... apenas servem para recordar o momento.




11 agosto, 2008
O meu jardim azul
O meu jardim azul é imenso, no entando quero mostrar uma pequena parte que fica ali para os lados de Sesimbra.
look up... a descida

Preto e verde... chamei-lhe peixe "Táxi".
Peixe "Táxi" numa manobra apertada.
O Magestoso Senhor das 8 patas,





das 8 ventosas na boca... o Senhor dos oitos, o Senhor "Octopudo"
é diferente ver estes bichos animados... sem ser na bancada de peixe do modelo.
Descubram o Senhor Polvo. O Mestre da camuflagem.


Além de mudar cores, muda textura, e acreditem que vale a pena assistir ao vivo.
cardume a pastar...

é diferente ver estes bichos animados... sem ser na travessa numa marisqueira.
o vale verde
organizem-se...






Até logo mar...
"... só a ele obedeço
só ele me conhece,
só ele sabe quem sou
No princípio e no fim"
Estrela do Mar - Jorge Palma
07 agosto, 2008
Permanecer
Fica mais um pouco.
Ainda há estrelas por pintar, e falta desenhar os teus cabelos na minha mão.
Falta devolver-te trinta anos de ternura, e o prazo estreita.
Ainda há estrelas por pintar, e falta desenhar os teus cabelos na minha mão.
Falta devolver-te trinta anos de ternura, e o prazo estreita.
05 agosto, 2008
Divagando...
- João, emprestas-me a tua borracha?
- Claro, toma.
- Mas isto não sai.
- Pois não, fizeste muita força no lápis e o papel ficou com as marcas.
- E agora?
- Agora, rasgas essa página e passas para a seguinte.
- Não… gosto muito desta página.
- Também podes escrever por cima.
- mmm… olha, já não me apetece escrever mais. Vou fazer um desenho.
- E vais desenhar o quê?
- Uma árvore.
- Porque uma árvore?
- Para deitar-me na sua sombra.
(os dois meninos sorriam um para o outro)
O que há de belo e puro na Infância, é por vezes a vantagem de ainda morar-se na ignorância de muitas regras adquiridas na vida.
Desenhar uma árvore para deitar-se na sua sombra não representa loucura, mas sim a beleza natural de encontrar-se uma outra via para exprimir a vontade naquele instante, e de ultrapassar certos problemas de uma forma diferente.
Há muitos de nós que perdem quase por completo essa capacidade... mas julgo que a imaginação também ajuda a tornámo-nos mais humanos.
As crianças moram num mundo menos complexo que o nosso, e por isso, estão mais atentas a outras questões. Por vezes, lembram-nos que aquilo que é básico para nós e que já passa despercebido, é essêncial.
- Claro, toma.
- Mas isto não sai.
- Pois não, fizeste muita força no lápis e o papel ficou com as marcas.
- E agora?
- Agora, rasgas essa página e passas para a seguinte.
- Não… gosto muito desta página.
- Também podes escrever por cima.
- mmm… olha, já não me apetece escrever mais. Vou fazer um desenho.
- E vais desenhar o quê?
- Uma árvore.
- Porque uma árvore?
- Para deitar-me na sua sombra.
(os dois meninos sorriam um para o outro)
O que há de belo e puro na Infância, é por vezes a vantagem de ainda morar-se na ignorância de muitas regras adquiridas na vida.
Desenhar uma árvore para deitar-se na sua sombra não representa loucura, mas sim a beleza natural de encontrar-se uma outra via para exprimir a vontade naquele instante, e de ultrapassar certos problemas de uma forma diferente.
Há muitos de nós que perdem quase por completo essa capacidade... mas julgo que a imaginação também ajuda a tornámo-nos mais humanos.
As crianças moram num mundo menos complexo que o nosso, e por isso, estão mais atentas a outras questões. Por vezes, lembram-nos que aquilo que é básico para nós e que já passa despercebido, é essêncial.
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