17 dezembro, 2009

Um pequeno abanão

Lisboa, 17 de Dezembro de 2009 - 01h40
Numa pequena sessão de insónias, eis que sinto um "pequeno abanão".
Sinto-me a ser abanado, depois olho para o resto da sala iluminada pelos candeeiros que tlintam como sinos nas torres das Igrejas. A "coisa" ainda dura uns segundos e penso, Olá... isto parece um sismo.
Entretanto, os segundos parecem ser uma eternidade e naquele momento começo a olhar para os meus sapatos que estão encostados junto à porta, mas depois num rasgo de consciência penso, Calçar os sapatos para quê?
Levanto-me depois do apartamento voltar sua normal estabilidade, e faço aquilo que não se deve fazer nestes casos, vou até à janela para espiar a rua e vejo nas janelas dos prédios vizinhos outros exploradores de madrugadas também à caça de estragos.

Na rua, apenas encontrei silêncio.
Não se vê nada caído, não há sirenes, nem sequer se ouve os alarmes dos carros.
Ainda aguardei um pouco à janela na esperança de ouvir gritos de gente saindo à rua amedrontada e stressada, uivando que era o momento do Apocalypse. Afinal ao que parece, segundo notícias nos telejornais, os 4 cavaleiros tinham andado a passear recentemente em Copenhaga.
Eis que soam os alarmes da natureza, começo a ouvir pássaros a cantar como que alarmados com o sucedido. Outros crentes em fantasias diriam que estes animais com a sua alta sensibilidade estarão a pressentir outro "abanão" ainda maior. Eu cá, vou voltar para o sofá pensando que afinal os pássaros dormiam sossegados no oxilante galho até que esse embalador suporte tenha abanado de uma forma acentuada... numa magnitude de 6 na escala de Richter :)
Já nem nos galhos de uma árvore se pode estar descansado? Pois claro que vou chilrear por essas avenidas fora, pois claro que estou chateado.
Sortudos, ao menos, a qualquer instante num pequeno impulso saltam do galho, abrem as asas e estão livres de tudo o que poderia vir de mau.
Com isto tudo, é caso para dizer (como a cantiga alentejana):
"... e à 01h40 da madrugaaaahada
o passarinho cantooooou"

10 dezembro, 2009

No We Can´t

Hoje é entregue o Prémio Nobel da Paz ao presidente de um país que recentemente reforçou o contingente com o envio de mais 30.000 soldados para o Afeganistão, que tem tanto de missão de prevenção anti-terrorista como tinha a anterior missão no Iraque de prevenção anti armas de destruição maciça.

O Profeta Obama por mais bondoso que aperente ser, e despertar sentimentos de esperança, sabemos que não tem qualquer hipótese de abrandar as industrías de armamento, do Petróleo/Automóvel que sustentam os EUA.

Nisto "Improviso" agora um "slogan" para este cenário pouco optimista mas realista:
No, We Can't! (stop them)

Ainda a propósito do mundo que nos rodeia, vem a Cimeira de Copenhaga.
Seria irónico dizer que a Cimeira é prejudicial para o Ambiente, mas é a verdade.
Reparem:
- Os EUA disputam com a China o lugar do maior poluidor mundial

Ora, os EUA assentam grande parte da sua economia na industria automóvel e após os "investimentos" em determinadas guerras, criando instabilidade política em certos países, dando ajudinhas na "democratização" de outros controlando dessa forma os seus Lideres, leva-nos a concluir que tudo isto está ligado ao facto que a maioria dos poços de petróleo do mundo tenham a linguagem US Dólar.

Quando um país compra barris de petróleo com notas fabricadas para o efeito, ficamos com a ideia que 1 barril de petróleo para esse pais custou apenas alguns cêntimos (dinheiro gasto na fabricação das notas - umas gramas de algodão, tinta, etc) e considerando que essas notas são injectadas no mercado mundial sem que ninguem as controle, acabam por valorizar essa moeda (US$) porque o petróleo passa a ser negociado com essa divisa.
Praticamente é um negócio da China, e posto isto não me parece que os EUA estejam interessados em apostar em energias alternativas.

Na China, os Chineses vão-se esquecendo de alguns valores (sobretudo os bons) do Mao-Tse Tung e vai entando na moda trocar a tradicional bicicleta (imposta por Mao) pelos fantásticos Automóveis, o que me parece que a procura de automóveis, e consequentemente de combustível, vai aumentar signitivamente nos próximos anos (estamos a falar de Chineses, não esquecer)
Não devemos esquecer também que a China abunda em minas de carvão (ainda mais poluente que o petróleo) que estão a ser vigorosamente sugadas para alimentar a fome de energia para mover o país. Prevejo que os outros países emergentes irão seguir as pegadas dos Chineses, que lideram esse grupo.

Assistindo a isto tudo na qualidade de meros espectadores, nós, os Europeus, vamos dando aquela ideia que somos muito amiguinhos do ambiente porque procuramos investir em energias alternativas, mas no fundo... não temoso controle de pocinhos de petróleo suficientes para ter o nível de vida/produtividade dos EUA.

Para a retoma da ecónomia que Obama prometeu, os EUA não vão reduzir as emissões de CO2 mas até pelo contrário, irão aumentar. Por esse rumo mas a uma velocidade superior estarão os Países emergentes.

Com todo este cenário, chamem-me céptico mas, não acredito em reduções de emissão de CO2. Devo dizer que neste clima todo, parece-me que da cimeira de copenhaga só resultará mais CO2 introduzido na atmosfera pelos transportes dos representantes dos países envolvidos.
Porque não foram de barcos à vela, de bicicletas, de cavalo ou a pé?

O que podemos mudar?
Ter a consciência do mundo que nos rodeia, e influênciar de forma positiva os que nos estão próximos.
No fundo andamos tão preocupados em deixar um bom planeta para os nossos filhos, quando na realidade deviamos fazer por deixar uns bons filhos para o nosso planeta.

Agora sim... Yes We Can!!!

03 dezembro, 2009

Treto


Tetro: Valeu a pena os 6,50€. O que dizer... é do Copola!
Quem decidir ir prepare-se para um início um pouco desprovido de interesse, mas passados 15min de fita, a arte emerge.