
No caso das ex-colónias Portuguesas em Africa, poderão considerarem-se que 3 décadas depois das independências, não sejam suficientes para resolver os traumas e outros problemas originados por mais de 500 anos de opressão, e exploração colonial.
30 anos após a independência destes países, verifica-se que continua a opressão e exploração e que apenas ganharam outras formas e outros protagonistas de cor de pele diferente.
Esta situação associada a entrada descontrolada de investidores, e quadros técnicos da cor dos ex-colonos, e perante o desleixo deliberado ou não dos governantes destes países africanos, vai dando origem a uma onda generalizada de racismo.
Tive a oportunidade de ler num jornal semanário, o seguinte:
“...A tensão sobe e nem a África Ocidental é poupada. De Abidjan a Lomé, jovens africanos exigem uma «segunda descolonização» e acusam os franceses de «neocolonialismo». Na África lusófona, também se discute o lugar dos brancos.”
Relativamente à ultima frase, tive duas experiências nas ultimas semanas que a tornam mais consistente.
Há uns dias, em conversa de restaurante, um conhecido meu que é mulato e angolano estava a dizer o seguinte:
“Estamos a ser novamente colonizados... pelos Chineses, Portugueses, Brasileiros...”
Fui completamente surpreendido pela expressão de revolta que vi no seu rosto quando proferiu a frase.
Outra experiência, foi uma conversa que tive com o fiscal que é angolano. Dizia-lhe eu a certa altura, que muitos portugueses estão a vir para cá, porque Angola tem falta de quadros técnicos, resultado de 1 guerra de 30 anos. Diz-me ele: não engenheiro, está enganado. Aqui o angolano continua a ser explorado, pagam-lhe menos do que a um português, para as mesmas funções.”
Agora não interessa se o fiscal tinha razão ou não. O que interessa retirar daqui, é o sentimento das marcas do colonialismo que ainda estão bem presentes neste continente, revestidas por uma capa de racismo que se vai tecendo sem que muitos dêem por isso. É importante que os governos Africanos tenham mais atenção e cuidado com esta questão.
Digo isto porque por exemplo, o governo sul africano impôs por lei, que haja acesso de empresários negros a uma certa percentagem dos capitais sociais das empresas. Só por serem negros, não interessando se são ou não bons empresários, e isto também está a ser aplicado na administração pública e forças de segurança.
Para uns poderá aparentar ser uma boa medida, mas no entanto, criam-se tensões junto dos brancos sul africanos. Pergunta simples: Leis que diferenciem o individuo pela cor da pele, não serão Apartheids? Não acho que Agostinho Neto, Amílcar Cabral ou Nelson Mandela, que lutaram pelos ideais que também defendo, estivessem de acordo com este tipo de medidas.
Tal como o que se passa, no médio oriente, conflito Israel-Palestina... esta questão também vai passando ao lado da Europa, cada vez mais fechada sobre si mesma.
30 anos após a independência destes países, verifica-se que continua a opressão e exploração e que apenas ganharam outras formas e outros protagonistas de cor de pele diferente.
Esta situação associada a entrada descontrolada de investidores, e quadros técnicos da cor dos ex-colonos, e perante o desleixo deliberado ou não dos governantes destes países africanos, vai dando origem a uma onda generalizada de racismo.
Tive a oportunidade de ler num jornal semanário, o seguinte:
“...A tensão sobe e nem a África Ocidental é poupada. De Abidjan a Lomé, jovens africanos exigem uma «segunda descolonização» e acusam os franceses de «neocolonialismo». Na África lusófona, também se discute o lugar dos brancos.”
Relativamente à ultima frase, tive duas experiências nas ultimas semanas que a tornam mais consistente.
Há uns dias, em conversa de restaurante, um conhecido meu que é mulato e angolano estava a dizer o seguinte:
“Estamos a ser novamente colonizados... pelos Chineses, Portugueses, Brasileiros...”
Fui completamente surpreendido pela expressão de revolta que vi no seu rosto quando proferiu a frase.
Outra experiência, foi uma conversa que tive com o fiscal que é angolano. Dizia-lhe eu a certa altura, que muitos portugueses estão a vir para cá, porque Angola tem falta de quadros técnicos, resultado de 1 guerra de 30 anos. Diz-me ele: não engenheiro, está enganado. Aqui o angolano continua a ser explorado, pagam-lhe menos do que a um português, para as mesmas funções.”
Agora não interessa se o fiscal tinha razão ou não. O que interessa retirar daqui, é o sentimento das marcas do colonialismo que ainda estão bem presentes neste continente, revestidas por uma capa de racismo que se vai tecendo sem que muitos dêem por isso. É importante que os governos Africanos tenham mais atenção e cuidado com esta questão.
Digo isto porque por exemplo, o governo sul africano impôs por lei, que haja acesso de empresários negros a uma certa percentagem dos capitais sociais das empresas. Só por serem negros, não interessando se são ou não bons empresários, e isto também está a ser aplicado na administração pública e forças de segurança.
Para uns poderá aparentar ser uma boa medida, mas no entanto, criam-se tensões junto dos brancos sul africanos. Pergunta simples: Leis que diferenciem o individuo pela cor da pele, não serão Apartheids? Não acho que Agostinho Neto, Amílcar Cabral ou Nelson Mandela, que lutaram pelos ideais que também defendo, estivessem de acordo com este tipo de medidas.
Tal como o que se passa, no médio oriente, conflito Israel-Palestina... esta questão também vai passando ao lado da Europa, cada vez mais fechada sobre si mesma.