Já não sabia o que era correr 5km seguidos há mais de 1 ano, e portanto ontem enveredei por um género de operação suicida. Meti as solas ao caminho e lá fomos nós. Eu, o meu corpo moribundo e 6 coleguinhas do melão.
Começámos no parque da cidade, que é sempre um local simpático para iniciar-se qualquer tipo de tortura, e após 10 passadas já tinha 1 pulmão na boca, mas o pulmão limpinho porque o outro anda cheio de expectoração.
Correr é dos melhores remédios para as doenças do corpo e da alma, e portanto achei que era boa ideia, mas há quem diga que devemos ficar deitadinhos no sofá ou caminha e concentrarmo-nos na doença para que ela se sinta em casa. Aqui o duro não, decidiu passear a constipação.
Com o pulmão limpinho na boca, e algum sangue oxigenado no cérebro consegui aperceber-me que a meio do percurso estávamos a passar em frente do hospital e disse… “pessoal, eu fico por aqui”
Era para ser um género de piada, mas não saiu lá muito bem porque foi proferida de forma muito… asmática “pessoal (longa pausa para respirar), eu fico (longa pausa…) por aqui”.
Eles riram porque não entenderam a gravidade da situação, e foi nesse preciso momento em que senti-me mesmo, mesmo a meio do percurso em que a meta era o cemitério.
Eles riram porque não entenderam a gravidade da situação, e foi nesse preciso momento em que senti-me mesmo, mesmo a meio do percurso em que a meta era o cemitério.
Nesta fase não existiam dores porque já não sentia o corpo. A certa altura para motivar as pernas começei a pensar “tens 1 enxame de abelhas atrás de ti” e já conseguia ouvir as bichas a desembainharem os ferrões mas não resultou. Tinha o corpo dormente e estava extremamente arrependido de não estar deitadinho no sofá a ver a parte boa do jogo Portugal-Dinamarca.
Pensei em pedir boleia, mas com a pernoca à vista sem depilação feita (estou fora da moda metro-sexual) achei que não teria sucesso e num estado de desespero ainda perguntei se alguém queria tomar um café, mas o pessoal estava determinado e sem trocos. Caretas…
Chegada à Meta: 6km em 30min não está mal para um corpo atrofiado e com apenas um pulmão a bombear oxigénio para as veias, mas foi nessa altura que senti o que era morar num corpo com 115 anos como o da Jovem Maria de Jesus, a 2ª menina mais velha do mundo que hoje fez anos e foi visitada pelos meios da comunicação social, trazendo desta forma Tomar às luzes da ribalta.
Facto que conseguiu motivar o Srº Presidente da Câmara a visitar esta menina, mas não sei ao certo para quê, provavelmente para dar-lhe os parabéns por estar viva, e para que não mude de residência, porque Tomar precisa de pessoas assim, vivas. Sim… porque a senhora é oriunda de Ourém, mas ok… os ares do Nabão e a proximidade do Entroncamento (fenómenos) têm disto. É mais um fenómeno, desta vez de longevidade.
Outra notícia extremamente importante de ontem foi “o Acelerador de partículas do CERN vai dar origem a um buraco negro e aí vem o fim do mundo”. Olha que bom que isso acontecesse no intervalo do jogo Portugal-Dinamarca (pensamentos do Carlos Queirós).
Voltando atrás, buraco negro??? Quem teve esta ideia é merecedor de um Nobel para a ficção cientifica, ou então tem um trauma de infância com os queijos suíços.
Tanta coisa sobre essa treta que levou 20 anos a construir para quê? Fazer com que os protões choquem entre si??
Tanta coisa sobre essa treta que levou 20 anos a construir para quê? Fazer com que os protões choquem entre si??
Meus amigos, em Luanda já existe há alguns anos o Retardador de partículas (repararam? eu disse Retardador, brilhante!) . Com o trânsito caótico naquela cidade nem as partículas mais pequenas como os protões escapam de chocar uns com os outros, mas numa velocidade muito próxima do zero. O MPLA é que não quis aproveitar-se desta invenção na sua campanha eleitoral.
… E ninguém fala disto? Não é justo!
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